terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Ramatís - Problemas da Infância




Pergunta: - Que nos dizeis sobre o período da infância do espírito encarnado na Terra?

Ramatís: - O espírito, realmente, encarna-se; não nasce, não cresce, não envelhece e não morre propriamente na carne. É centelha cósmica da Chama Criadora, que é Deus; portanto, não renasce nem é destruído. O ego espiritual desce vibratoriamente ao mundo carnal, a fim de desenvolver a consciência e ter noção de si mesmo, passando a existir como entidade emancipada, porém subordinado às leis do próprio Criador, pois, embora o espírito seja eterno e disponha do seu livre arbítrio, jamais se isola do Todo. E o seu autoconhecimento, ele o adquire mediante as deduções do seu mundo interior, que resultam do seu contacto com o mundo exterior.

Assim, o espírito do homem não vive propriamente os períodos de infância, juventude e velhice, conforme acontece ao corpo físico. Nascer, crescer, envelhecer e morrer são apenas etapas adstritas à concepção de tempo e espaço entre o berço e o túmulo. O espírito manifesta-se temporariamente através do equipo de carne, nervos e ossos, que é a sua instrumentação de trabalho e aprendizado consciencial no ambiente do planeta.

Como Deus é o pano de fundo da consciência de todos os homens, jamais o espírito humano desvincula-se da Consciência Cósmica que o originou e lhe garante o atributo de existir. Nas múltiplas existências físicas, ele apreende os conceitos do pecado e virtude, do bem e mal, da saúde e enfermidade, do certo e errado, do inferior e superior, do impuro e puro, que assim lhe facultam apurar os valores divinos latentes em si mesmo.

Em conseqüência, o período de infância física do homem é uma etapa transitória, em que o espírito se manifesta algo reduzido na sua verdadeira capacidade já adquirida nas vidas pregressas. A sua ação amplia-se pela comunicação cada vez mais racional e consciente em equivalência com o crescimento do corpo.

 Diríamos que o espírito não nasce na Terra, mas acorda, aos poucos, da hipnose submetida no Espaço, antes de encarnar, manifestando-se tão clara e conscientemente quanto seja a capacidade e sensibilidade do seu equipo carnal em relação com o meio material.


Fonte: Livro "A Vida Humanda e o Espírito Imortal"
Autor: Ramatís/Hercílio Maes
Editora: Conhecimento

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