segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

ERASTO, DISCÍPULO DE SÃO PAULO




11. Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo.
Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso encontramo-la na vida desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange dos Pais da
Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda,
pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender
que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos;
quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”, exclamou:
“Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho. Podem ler-se,
nas notáveis confissões que esse eminente Espírito deixou, as características e, ao mesmo tempo, proféticas palavras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura. Que ensinamento
nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o chamam.


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo: 1
Allan Kardec

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