PERGUNTA: – Quais seriam as vossas considerações sobre a mediunidade com o Cristo?
RAMATÍS: – Considerando que a faculdade mediúnica de “prova” ou de “obrigação” é sempre o acréscimo que o Alto concede ao espírito endividado
para conseguir a sua reabilitação espiritual, sob hipótese alguma deve ela ser negociada ou vilipendiada. É o serviço de confiança que o médium exerce em favor alheio sem deixar de cumprir todas as suas obrigações para com a família, a sociedade e os poderes públicos. Os mentores siderais não lhe
exigem o sacrifício econômico da família, a negligência educativa da prole, o
descuido com as necessidades justas da parentela, para só atender indiscriminadamente ao exercício de sua faculdade.
Cada médium, como espírito em evolução, conduz o seu próprio fardo cármico gerado no pretérito delituoso, o que também lhe determina as obrigações em comum no lar, onde vítimas e algozes, amigos e adversários de ontem empreendem o curso de aproximação espiritual definitiva. Assim é que, em
última hipótese, deve prevalecer sobre o serviço mediúnico o cumprimento exato das determinações cármicas que lhe deram origem à existência na
matéria. E considerando-se que o mundo de César é o reino transitório dos interesses da vida material para a educação do espírito imperfeito, o dom
mediúnico é a dádiva espiritual do reino do Cristo, e não mercadoria de especulação mundana.
Fonte: Livro Mediunismo
Autor: Ramatís/Hercílio Maes
Editora: Universalismo
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