
“Vipassana” é uma palavra Pāli que significa “insight na natureza da realidade” ou “visão clara”. É uma prática budista tradicional, que remonta o século 6 aC. A dualidade samatha/vipassana é normalmente usada para discernir dois aspectos da meditação budista, respectivamente concentração-tranquilidade e investigação. Vipassana também pode ser usado para referenciar as escolas Theravada de meditação que adotam esse aspecto como predominante na prática budista, como por exemplo, Mahasi Sayadaw e S. N. Goenka.
Devido à popularidade da Meditação Vipassana, a “atenção plena na respiração” ganhou ainda mais popularidade no Ocidente como “atenção plena”.
Existem algumas informações conflitantes sobre como praticar Vipassana. Em geral, no entanto, a maioria dos professores enfatizam começar com a atenção plena na respiração nos primeiros estágios, para estabilizar a mente e alcançar a “concentração no acesso.” Este é mais focado como atenção plena. Em seguida, a prática se move para o desenvolvimento de uma “visão clara” sobre as sensações corporais e fenômenos mentais, observando-os a cada momento sem nenhum apego. Abaixo, vai uma introdução destinada a iniciantes. Para saber mais, sugiro seguir os links fornecidos logo depois ou buscar um professor especializado ou ainda um retiro de Vipassana.
Comece sentando-se em uma almofada no chão, de pernas cruzadas, com a coluna ereta. Também pode sentar-se em uma cadeira, sem se escorar na guarda da cadeira. Se tiver dificuldade com isso, use um banquinho, ele vai te forçar a manter a coluna ereta sem nenhum apoio.
O primeiro passo é desenvolver a concentração por meio da prática samatha. Isso geralmente é feito através da respiração consciente.
Concentre toda a sua atenção, de momento a momento, sobre o movimento de sua respiração. Observe as sensações sutis do movimento do seu abdômen subindo e descendo (vale lembrar que a respiração correta é feita no abdômen, expandindo na inspiração e comprimindo na expiração). Alternativamente, você pode concentrar-se na sensação do ar que passa através das narinas, sentindo o ar tocar a pele do lábio superior – isso requer um pouco mais de prática.
Concentrando-se na respiração, você vai notar que outras percepções e sensações continuam a aparecer: sons, sentimentos no corpo, emoções, etc. Simplesmente observe os fenômenos à medida que surgem na sua consciência e concentre-se novamente na respiração. A sua atenção deve ser focada na respiração, enquanto esses outros pensamentos ou sensações ficam simplesmente como “ruídos de fundo”.
O movimento do abdômen é o “objetivo principal” desta prática. Qualquer outra coisa que surgir no seu campo de percepção seja através de seus cinco sentidos (audição, olfato, perfumes, gosto ruim na boca, coceira no corpo, etc.) ou através da mente (pensamento, memória, sentimento, etc.), é um objeto secundário. Se um objeto secundário atrair a sua atenção, você deve se concentrar no objeto secundário para um breve momento, rotulando-o com uma nota mental, como “pensar”, “memória”, “ouvir”, “desejo”. Esta prática é muitas vezes chamada de “observando”.
A nota mental identifica um objeto em geral, mas não em detalhe. Quando você está ciente de um som, por exemplo, rotule-o como “ouvir” em vez de “moto”, “vozes” ou “cachorro latindo.” Se uma sensação desagradável surge, observe a “dor” ou “sentimento” em vez de “dor no joelho” ou “dor nas costas”. Em seguida, volte sua atenção para o objeto de meditação primário (a respiração). Se sentir uma fragrância ou perfume, registre como nota mental “cheiro”. Você não tem que identificar o cheiro.
Quando você consegue a concentração plena, a atenção é então focada no objeto da prática, que normalmente é um pensamento ou sensações corporais. Observa-se os objetos de consciência sem apego, deixando pensamentos e sensações surgirem e desaparecem por vontade própria. A rotulagem mental (explicada acima) é muitas vezes usada como uma maneira de impedir de ser levado pelos pensamentos, e manter a tua mente com foco no objetivo principal.
De acordo com a tradição budista, todos os fenômenos (exceto o Nirvana) são marcados por três características, as vezes referidas como os “três selos do Darma“. Eles são anicca (impermanência), dukkha (sofrimento) e anatta (não-eu).
Anicca é a impermanência, ou seja, o conceito de que tudo está em constante movimento; nada é estável, fixo ou imutável. Dukkha é o sofrimento ou a insatisfação. Anatta significa não-alma, ou não-eu, e indica que nada é provido de uma existência isolada e independente.
Como resultado, a serenidade, a paz e a liberdade interior são desenvolvidos em relação a estas entradas.
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Vipassana é uma excelente meditação para ajudá-lo a aterrar-se em seu corpo, e entender como os processos da sua mente funcionam. É um estilo muito popular de meditação. Você pode encontrar muitos professores, sites e livros sobre o assunto.
Se você é completamente novato em meditação, Vipassana ou Consciência Plena são boas práticas para iniciar.
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